A Síndrome do Pôr do Sol, que também pode ser chamada de Síndrome do Entardecer, se manifesta nas pessoas com Alzheimer e caracteriza-se por uma confusão mental ou uma mudança de comportamento que se manifesta ao anoitecer, quando o sol se põe.
Não existe explicação científica para esta síndrome. Acontece em aproximadamente 20% dos pacientes com doença de Alzheimer. Na grande maioria das vezes, acomete pessoas em fase intermediária da doença e tende a desaparecer conforme a doença evolui.
Uma das situações mais comuns é o paciente não reconhecer a própria casa e pedir para ir embora, andar sem rumo pelos cômodos, não saber mais quem são os seus familiares e apresentar-se muito confuso. Neste caso, é importante que o cuidador profissional ou familiar mantenha a calma e tenha muita paciência.
O que pode ser feito, nesse caso em específico, é mostrar ao idoso todos os ambientes da residência, seus objetos pessoais, a fim de sinalizar que ele se encontra em sua casa. Porém não se deve insistir, pois pode gerar agressividade verbal ou até física, piorando alguns sintomas!
Na maioria das vezes, o idoso se acalma. Caso não funcione, o ideal é que saia de casa com o idoso, de carro ou a pé. Após uma volta na rua, o paciente costuma aceitar que está em casa quando retorna.
De forma alguma deixe o idoso sem supervisão pois há o risco de o idoso sair de casa e se perder na rua. Casos de pessoas com Alzheimer que fazem a mala e saem de casa não são raros. Neste momento é muito importante trancar todas as saídas da casa (portas e janelas).
Tratar estes sintomas não é fácil. Muitos perguntam se é possível dar a medicação da noite mais cedo, na tentativa de antecipar os efeitos ou se podem dar um “calmante” ao idoso perto das 17hrs. Porém, nenhuma destas condutas é recomendada, embora esta segunda opção (“calmante”) não seja descartada dependendo do nível de agitação que o idoso apresente. Porém, outros artifícios menos drásticos podem funcionar bem para lidar com a síndrome do pôr do sol. Desviar a atenção do paciente realizando atividades que ele goste e colocar uma música suave, é uma boa alternativa.
Outras medidas podem ser tomadas para evitar a síndrome do Pôr do Sol:
- Evitar qualquer tipo de estimulação, como receber visitas.
- Evitar cafeína e açúcar, mantendo uma alimentação balanceada, saudável e nutritiva.
- Limitar o tempo de cochilo durante o dia.
- Incentivar exercícios, como uma caminhada.
- Desenvolver atividades recreativas.
Se nada disso resolver, é importante consultar o Geriatra para que ele possa receitar medicamentos para encurtar o período da síndrome e/ou evitar que ela ocorra.
A síndrome do Pôr do Sol é uma das maiores causas para institucionalização do idoso em casas de repouso ou hospitais. Na SAID nossos cuidadores são treinados para lidar com esse tipo de situação e como auxiliar os familiares a lidar com a síndrome.
